quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Unhas arranjadas

Por uma nerd viciada em roê-las. Querem ter umas unhas minimamente decentes e arranjadas e não têm € para aplicar, e, sobretudo, manter unhas falsas? Um recipiente com água morna e sabão azul e branco, um creme baratucho para as mãos  (no Lidl são bons), um pau de laranjeira ou equivalente, algodão, verniz base para proteger, verniz de cor à escolha, limas, corta - unhas. É isso tudo e vontade de ter umas mãos que não queiramos esconder.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Não há bela sem senão

Desde que as unhas "falsas" apareceram por cá - e estamos a falar de uma coisa com quase vinte anos - que ando sempre a ver se me tento e me decido a usar unhas de gel.
A minha decisão foi tomada há uns dias, quando visitei um salão especializado nestas lides e vi uma técnica a arranjar as unhas a uma cliente.
Perguntei valores, pela colocação e, depois, pela manutenção. Nos entretantos, algo nas unhas da cliente me chama a atenção: a superfície da unha natural toda, mas toda raspada! Medo!
Bem me diz a minha tia, manicura, que as unhas de gel são espectaculares, mas que não há bela sem senão.
Optei por investir em material para ser EU a arranjar as minhas preciosas unhas. Sai mais barato, e reduzo as possibilidades de grandes problemas.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Raríssimas

Este caso da Raríssimas está a suscitar uma enorme onda da indignação por esse país fora. Natural que aconteça: afinal, quem não fica furioso por alguém se aproveitar da desgraça alheia para lucrar pessoalmente, ainda por cima com dinheiros públicos e donativos de boa vontade?
À conta deste escândalo, a Casa dos Marcos - que dá, provavelmente, a única resposta aos portadores de doenças raras e suas famílias - irá fechar portas. 
Agora sou eu que não deixo de ficar chocada ao andar pelas redes sociais e nem uma única mão se levantar para defender os que menos têm culpa nesta alhada toda, e que precisam - mais que ninguém - de serem ajudados pela sua condição.
Já alguém se perguntou como é a vida de um portador de uma doença / deficiência rara neste país? Já alguém se apercebeu da gritante e criminosa falta de apoios a todos os níveis a estas pessoas e suas famílias - que afecta grandemente a sua qualidade de vida?
Não. Claro que não. Giro, giro é apenas salivar com o escândalo. E virar costas quando as verdadeiras vítimas me pedem "em silêncio" que eu empenhe a palavra "solidariedade" que trago sempre na boca.
 
 


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Pão, pão, pow!

De tanto usar, a minha máquina do pão - que comprei no Lidl - "faleceu".
Com grande pena minha, pois adorava o cheirinho a pão quente pela manhã. E o pão durava mais que os de compra, além de que não ficava a saber a fermento, razão pela qual se poupava bastante.
O grande problema com os pães que se compram no supermercado e nas padarias é que estes estão cheios de coisas estranhas: desde aditivos, estabilizantes, açúcar e sal a mais, não é preciso ser um pão de forma daqueles tipo "Panrico" para nos fazer questionar a qualidade do mesmo.
Assim, decidi continuar a fazer pão caseiro, mas sem recurso à máquina. Pode dar mais trabalho, é verdade, mas acho que compensa a curto, médio e longo prazo. Não só se poupa na carteira, como também se cuida da saúde.
Naturalmente, não deixamos de comprar pão fora. Mas com muito menos frequência, e com uma aposta maior nos de mais qualidade.
Para um pão caseiro descomplicado, aqui está uma receita que me parece acessível.
Vou experimentar e depois conto como foi.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Greguices

O Aldi tem coisas muito boas. Sempre que lá vou, trago produtos com uma boa relação qualidade/preço.
Este molho Zaziki tornou-se indispensável cá em casa. Aconselho vivamente: fresco, cremoso e muito saboroso. E tem substituído a maionese em muitos pratos, sendo que é muito mais saudável.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Ehh láááá

Tinha a ideia que, perto dos 40 anos, o metabolismo iria ficar bem mais lento e que, como o corpo tem uma memória, este não iria responder ao estímulo que já lhe tinha sido feito, mesmo que anos atrás.
Hoje, pesei-me. Passaram-se 11 dias desde a última vez que o tinha feito. E o resultado surpreendeu-me: menos 2 kgs certos.

Assim:

Peso: 73,90 kgs

IMC: 27.81


Não cortei radicalmente no açúcar - sei que daria em maluca se o fizesse -, mas as refeições da noite são sagradas: só proteína e legumes. Nada de hidratos de carbono, nem frutose. Portanto, como carne, peixe ou ovo e uma salada de alface, tomate e pepino, ou esparregado sem farinha, ou brócolos cozidos, ou ainda legumes no forno (beringela, curgete, pimentos, tomate, cebola...). E gelatina. Daquela light. Montes de gelatina. É docinha qb, é proteína pura e ajuda a "fabricar" colagénio para aguentar a pele no processo de perda de volume.
Fruta, arroz, batatas, massas estão proibidos.


Também sei que se perde sempre peso de forma espectacular nos primeiros dias que se muda de alimentação, e que depois estagna. Mas não me importo muito com isso, pois graças a Deus - e mesmo que eu não queira - tenho sempre actividade física garantida, e isso ajuda muito a perder o que não me faz falta.

A continuar.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Dor

Não sei o que é perder tudo num fogo.
Não sei o que é perder alguém nestas circunstâncias.
Não sei do desespero de ter de largar tudo, fugir de uma morte quase certa.
Não conheço a aflição de, no meio do caos, não termos notícias de familiares e / ou amigos, de não sabermos se estão vivos, feridos ou mortos.

Não sei.

Mas as imagens, os relatos, tudo isso fala por si. E conseguimos perceber o inferno por que as pessoas da zona de Pedrógão Grande / Figueiró dos Vinhos / Castanheira de Pêra passaram e passam.

Dói. Dói ver a destruição. Dói ver a dor de quem perdeu tudo. Dói ver a morte de tanta gente encurralada pelas chamas.
Dói saber que, entre as vítimas mortais, estão, pelo menos, quatro crianças.
Dói tudo.

E acima de tudo, dói perceber que os interesses de alguns vão continuar a deixar "arder".


sexta-feira, 16 de junho de 2017

Um primeiro passo.

Depois de me ter confrontado com esta minha realidade, aproveitei o facto de a farmácia aqui ao pé do meu trabalho estar com consultas de nutrição gratuitas, e fui pedir ajuda.
Já não enfrentava uma balança desde que estive grávida pela última vez - em que tinha de me pesar em todas as consultas de saúde materna -, e fiquei relativamente surpreendida: afinal de contas, não estou tããão pesada como pensava e o meu IMC não é dramaticamente excessivo. No entanto, é preocupante a gordura que, agora, acumulo na zona do abdómen - algo inédito, mesmo depois de ter passado por três gravidezes de termo. Foi isso, e precisamente por saber que é essa gordura a mais perigosa, a que pode trazer complicações cardíacas, diabetes, etc, que "me pus a pau".
A nutricionista não foi radical - até porque, como disse, o meu IMC é ligeiramente acima do normal -, e aconselhou-me algo que fiz há já 10 anos atrás por iniciativa própria e que, na altura, me fez perder 20 kgs em 3 meses: comer de acordo com o que se gasta.
Feita estúpida, e por ter atingido o tamanho 36 (yay!!!!) algures depois do nascimento do David, relaxei-me e fui por aí abaixo, ou melhor, por aí acima!
Basicamente, não se trata de "cortar" com nada. Trata-se de comer de forma inteligente: um pequeno-almoço mais abundante, um almoço bom e um jantar sem qualquer hidrato de carbono e / ou fruta. Ou seja, se queremos fazer asneirada, é fazê-la no início do dia, pois temos muitas horas pela frente para se gastar o que se comeu. Da mesma forma, o jantar deve ser o mais irrepreensível possível: carne ou peixe grelhados, ovo cozido ou escalfado, nada de fritos, arroz, massa, pão, farinhas ou açúcares, nem mesmo os da fruta! Apenas proteína e verduras. Ou seja, o jantar tem mesmo de ser dieta pura e dura! Afinal, depois vamos dormir. Que gastaremos nessas horas?
E se sei que vou cometer asneirada da grossa (aniversário, McDonald's, etc), compenso e nesse dia, com almoço e jantar "a dieta".
Portanto, parece-me ser algo razoável e facilmente alcançável.
Eu vou actualizando a informação desta minha viagem.
Um passo de cada vez. Um dia de cada vez.
Pode ser que entre nos "entas" em forma.


Peso de hoje: 75.9 kgs


IMC: 28,57

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Há dias...

...em que só apetece petiscar isto. Hoje é o dia (mais um).

O meu Santo Graal da organização doméstica

É um simples ficheiro excel com vários separadores.
Tenho separador por cada mês para as despesas mensais gerais. Nesse separador, constam as receitas (ordenados, abonos, extras) e as despesas que estão arrumadas por categorias: casa, carro, finanças, despesas fixas (comunicações fixas, telemóveis, água, gás, luz), despesas com educação e actividades extracurriculares, despesas várias (roupa, calçado, refeições fora, etc). Nesse separador, tenho uma coluna à parte para o controlo dos gastos com os cartões de refeição.
Nos outros separadores, faço a gestão das ementas e das compras, de algum pequeno projecto, prendas de natal e aniversários, inventários (roupa, calçado, despensa, frigorífico, etc), tarefas, etc.
Para complementar, tenho app's de algumas superfícies comerciais a que recorro com mais frequência, e isso ajuda imenso a poupar, pois sei de antemão as promoções, além de fazer comparações de preços antes de ir às compras com a lista de tudo o que preciso.
A ideia destas listas não é nova, nem é minha - há imensas pessoas que as usam para se organizarem -, mas cada lista, cada método de organização é único e só faz sentido se traduzir a rotina de quem serve. Não há listas ou métodos de organização standard. Este, com este ficheiro, estes separadores, é o que mais se adequa à minha vida. Aliás, falei bem recentemente da minha rotina diária. Se não tiver algo em que me agarrar para me orientar, "o barco anda completamente à deriva".


Arrumações

Aqui em casa, também se destralha e "mariekonda".
Afinal, tenho bastante espaço e não sabia!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Prática para o trabalho

Já aqui disse que, sobretudo depois de ter sido mãe, de viciada em saltos altos, tornei-me viciada em sabrinas e sandálias rasteiras. Em casa, ando descalça, aos fins-de-semana só ténis calçam estes pés que, para tudo e maus um par de botas, se querem confortáveis.
E para ir trabalhar, não há excepções. Se o local exige mais formalidade no "dress code", as sabrinas cumprem a função mais que bem. Não estavam à espera que fosse todos os dias para Lisboa, de comboio e metro, com saltinho alto...! Estas, então, têm sido uma maravilha: comprei-as há mais de um ano numa promoção no Lidl e aqui estão para durar mais uns tempos. 
Com a roupa, também o mesmo: blusa fresca, mas sóbria.  E aproveito que aqui deixam usar jeans. Escolhi umas justas, azuis escuras, simples e sem os famosos rasgões "à lá ataque felino".

Dos dias impossíveis. ...

Não é por ser segunda feira. É por ter dormido cerca de duas horas....

Não, não fui para o arraial...

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Street food em Lisboa...

Deliciosa fruta bem fresca!!!

Pensativa

O tempo passa mesmo a correr

Trabalhar em horário completo - e especialmente depois de anos a trabalhar em part-time - tem muitas vantagens. A maior de todas é ter um salário minimamente decente para ajudar a pagar as despesas. E eu disse "ajudar a pagar", e não "pagar" as despesas....
No entanto, isto começa a fazer mossa. O dinheiro faz falta, claro, mas também faz falta tempo. E não se pode ter as duas coisas, infelizmente.
De manhã, por muito que acordemos cedo, é sempre aquela correria: levantar da cama, lavar, vestir, comer, verificar mochilas...às 8h tem de estar toda a família fora de casa para se apanhar o comboio, entregar os miúdos, e conseguir fugir ao trânsito para se chegar ao trabalho a horas!
À tarde, já se regressa a casa pelas 19h, depois de um dia extenuante no trabalho. Ir buscar os miúdos, banhos, tratar do jantar...quando vemos as horas já é tempo de ir pôr os miúdos na cama!
Claro que aproveitamos os pequenos momentos para interagir com eles, mas, tal como acontece provavelmente na maioria dos lares portugueses - e, talvez, por esses lares mundo fora -, não conseguimos dar atenção 100% aos miúdos enquanto tratamos dos afazeres domésticos, e eles acabam sempre frente à televisão ou a jogar. E isto acontece, mesmo que organizemos as coisas na véspera para podermos ter o jantar, por exemplo, adiantado. E eu ainda aproveito a minha hora de almoço para fazer algumas compras de última hora. Recuso enfiar-me num supermercado ao fim do dia!
Naturalmente, nesta roda viva em que quase nem tempo temos para respirarmos, eu acabo por me sentir culpada. Na verdade, chegando a casa às 19h, 19:30, com tudo por fazer - embora partilhado com o chefe do clã -, e contando que a criançada tem de estar na cama pelas 21:30 (dormir já é outra "guerra"), e ainda pior quando o David traz T.P.C....que tempo temos com eles?
O Bruno anda, ainda por cima, na fase do desfralde, e está a ser particularmente difícil. Primeiro, porque esta correria diária nos tira o tempo que achamos ser essencial para esta fase. Não podemos desfraldá-lo às "três pancadas", não se trata "só" de tirar a fralda: é toda uma nova fase no desenvolvimento dele que, sendo mal feita, pode trazer consequências. E, depois, porque, na creche, ele não está a cooperar. Foge quando se percebe sujo, recusa-se a ir à sanita para o que deve...um filme!
Gostava que os nossos dias tivessem 48 em vez de 24 horas. Ou que o horário laboral no nosso país fosse mais amigo das famílias. Bastava que se trabalhasse 30 / 35 horas semanais. Sair às 17h ou 16h faria toda a diferença na nossa qualidade de vida.
É verdade que temos o dia tripartido: 8h para trabalhar, 8h para dormir, 8h para estar com a família. À partida, seria justo, 8 h para cada coisa, mas o que acontece não é nada disto.
Não nos apercebemos que as únicas 8h que efectivamente cumprimos são aquelas em que estamos no local de trabalho - na verdade, são 9...porque das 9 às 18h decorrem 9 e não 8 horas, e são raríssimas as pessoas que conseguem aproveitar a pausa do almoço para irem a casa. As restantes 16h que nos sobram não são cumpridas porque delas temos de retirar o tempo que demoramos nos transportes entre casa e o trabalho, eventuais compras para o jantar ou alguma urgência, afazeres domésticos, etc. Portanto...se queremos estar 8h com a família, temos de sacrificar as horas de sono - sob pena de perdermos "o tino" por falta de descanso. Se queremos descansar o mínimo, temos de sacrificar o tempo com a família - sob pena de os familiares e amigos se ressentirem e, especialmente as crianças, se sentirem um pouco "ao Deus dará", abandonadas pelos próprios pais, perdidas no meio da falta de tempo que a todos sufoca um pouco a cada dia que passa!
No meio disto tudo, perdemos tempo para nós próprios, sob pena de "estoirarmos os fusíveis" com tanto que nos é exigido. E ainda para estarmos como casal, sob pena de a relação se desgastar com a correria e, uma vez mais, com tanto que nos é exigido, também, enquanto pais.
Era bom que todos reflectissem sobre isto. Isto que já é sabido, mas não levado a sério.
Quem tem filhos é muito, mas mesmo muito penalizado neste país. Da dificuldade em encontrar emprego, à dificuldade extrema em conciliar a vida familiar com a profissional, eu afirmo que há toda uma certa mentalidade anti-família que paira sobre o nosso quotidiano.
Não estou a dizer nada de novo, aliás já disse atrás que tudo isto é sobejamente conhecido. Conhecido, sim, mas não levado a sério, volto a afirmar. Não há vontade em mudar isto. E isto é muito grave!
É que o nosso país precisa de crianças como pão para a boca!
"Acordai", como diz a canção que andou nas bocas do mundo em 2012 como protesto contra a intervenção do FMI em Portugal. Neste assunto, andamos a dormir não 8, mas 24h/dia.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Roupa

Pela quantidade de roupa que tenho de tratar, diariamente, acho que, afinal, vivem mais pessoas lá em casa...e eu não sabia!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

O segredo

O David é pouco dado a praticar desporto. Sempre foi.
Contrariamente à maioria das crianças da idade dele, não é adepto de futeboladas, só quer estar em casa - se possível agarrado ao computador. Nós, pais, é que tentamos dar-lhe a volta e "obrigamo-lo" a sair connosco, para apanhar ar, correr, cansar-se!
Há dias, tentámos, uma vez mais, estimulá-lo a andar de bicicleta. No ATL que ele frequenta nas férias, há os "dias sobre rodas", em que os miúdos levam bicicletas, trotinetas e patins para se divertirem. O David nunca levou nada - só temos triciclos e bicicletas em casa.
Há uns dias, o pai vai busca-lo à escola e surpreende-se ao vê-lo andar de patins com destreza.
Assim que chego a casa, conta-me logo a novidade:
- Sabias que o David sabe andar de patins?! Fiquei de boca aberta!
E eu também.
Ontem, perguntei-lhe há quanto tempo ele andava de patins:
- Desde o 1º ano. É o meu segredo. - responde-me ele.
Que mais nos esconderá ele?

Estou a lutar contra um vício

Já fui viciada em tabaco e, graças às gravidezes e amamentação, consegui superar. Não porque tivesse "enjoado" o tabaco durante a gravidez, mas porque o medo de fazer mal ao bebé foi maior que a tentação.
Entretanto, desde a gravidez do Bruno que me tornei viciada em algo muito pior: o açúcar.
Pior, porque, ao contrário do tabaco, está sorrateiramente presente em TUDO o que ingerimos, está à mão de semear, e do "ocasionalmente-não-faz-mal" passa-se muito facilmente para o "mato-se-não-comer-aquela-bola-de-berlim-a-transbordar-de-creme".
Não tem sido fácil.
Hoje, caiu-me a ficha. Da minha esbelta figura 36...hoje só coube numa camisa que usei...na gravidez. Sim, ao que isto chegou!
Olho-me no espelho, não me reconheço: o aspecto cansado, envelhecido, gorda como uma orca. E fui eu quem fez isto a mim mesma!
Por várias vezes, tentei sair deste trilho suicida. Mas, tal como o fumador que "desiste" por uns dias até se deparar com uma "situação chata" que o enerva e o leva outra vez a fumar, também eu lá ia à festa de anos, ou aproveitava o pretexto de ensinar os meus filhos a cozinhar para fazer bolos, bolachinhas, cremes e pudins. Desgraça total! A descompensação desabava em força sobre mim, e acabava a comer o dobro ou o triplo do açúcar!
Como disse atrás, hoje, ao ter de vestir roupa de grávida - sem o estar - caiu-me a ficha.
Na verdade, à beira dos 40 anos, fiz as pazes com o meu corpo, as celulites e flacidezes - há coisas que são como são, a natureza é assim e não adianta correr atrás de determinados prejuízos, que nada mais são que consequências naturais da força gravítica sobre os nossos corpos.
Mas não posso compactuar com os valores altos de glicémia - que ainda, por muita sorte, não aconteceu -, o colesterol elevado, as cáries, e, em última análise, com a ansiedade da "ressaca" de não comer a "dose" diária.
Uma médica pediatra disse, talvez chocando muita gente pela crueza das palavras, que o açúcar dado às crianças deveria ser considerado mau trato. E eu concordo.
Diz ela que é o açúcar a base do álcool - e que isso deveria ser suficiente para pensarmos antes de darmos aos nossos filhos Bollycaos, Manhãzitos, queques, pastéis de nata ou os "inofensivos" sumos 100%. Concordo outra vez.
Se eu, como adulta, não consigo ver-me livre deste vício, imagino uma criança!



segunda-feira, 24 de abril de 2017

David, sempre o David

Eu: David, tens de praticar uma coisa que a professora disse, senão atrasas-te em relação aos teus colegas!


David: Eu sei fazer isso que a professora disse! Ela deve estar a confundir-me com outra pessoa...




...

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Mesa da Páscoa

Em casa dos meus pais, servia-se borrego (blhecc), por vezes porco também. Havia sempre pão de ló e queijo da serra, e as incontornáveis amêndoas.
Neste ano, na nossa mesa de Páscoa, o borrego não será convidado (ninguém gosta). Mas teremos bacalhau espiritual, sempre o pão de ló e as amêndoas e os ovos de chocolate.
Também teremos arroz doce, pavlova com morangos, e pães de queijo.
Já estou a babar!!!! Aiiii!!!

segunda-feira, 10 de abril de 2017

AH! AH! Apanhei-os!

Há um ditado que eu adoro: "Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé!"
E é nele que me inspiro, quando quero - e quero sempre - que os meus miúdos comam legumes.
Para que eles comam sopa, salada ou acompanhamento é sempre uma tragédia! Como contornei?
Aproveito os pratos que eles gostam - geralmente, com algum molho - e trituro tomate, cenoura, algumas verduras. Comem tudo e por vezes repetem!
Missão cumprida!

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Comportamentos de risco

O maior escravo é aquele que pensa que é livre.
E nunca esta nossa sociedade foi "tão livre". Basta pensar em como se insiste em ter comportamentos de risco, mesmo sabendo que as suas consequências estão aí e são graves!
O prazer domina-nos. Não dominamos o prazer.
Não somos livres. E estamos em negação.



quinta-feira, 30 de março de 2017

IKEA

Li algures  - não sei agora precisar onde - que a loja IKEA é a Disneylândia dos adultos.
Não podia concordar mais!

quarta-feira, 29 de março de 2017

Vendedor nato

David (num destes dias): Mãe, compras-me um gelado?
Eu: Um gelado, David? Está frio! E a esta hora da manhã?!
David: Mas o pai disse que podia!
Eu: Podes mas depois do almoço, não agora!




(pausa de uns minutos)


David (a tirar o casaco): Sabes, mãe, estou a sentir tanto calor que até já estou a tirar o casaco...Sabes o que ia agora mesmo bem?
Eu: O quê?
David: Um gelado...!

No aproveitar é que está o ganho (em todos os sentidos)!

A propósito deste post da Joana (já aqui disse que amo de paixão os blogues dela? Não? Pronto, digo agora então!), em casa também achamos um crime desperdiçar comida.
Ontem, fiz umas bifanas com puré de batata para o jantar. O chefe do clã esteve a trabalhar até tarde, resolveu ir ao McDonald's, pelo que sobrou carne.
O que fazer? Hoje, chego a casa, dou banhoca aos miúdos, e enfio-me na cozinha a fazer uma refeição de tacho. Corto os bifinhos que restaram de ontem, e junto-os a legumes estufados, tomate, e completo com esparguete (ou arroz).
É escusado eu falar em quantidades, porque faço tudo a olhómetro...

Montanha de roupa por lavar

Mais alguém com o mesmo monstro em casa?

Dos saltos altos, dos menos altos e da realidade dos nossos pézinhos

Adoro saltos altos e a forma como favorecem a silhueta de uma mulher. E sempre os usei sem problemas. Até que fui mãe.
Por muito elegantes que queiramos parecer depois das crias, a verdade é que...não dá! A sério, não dá mesmo!
Nestes últimos dias, em que esteve o tempo mais fresco, usei umas botas de salto - as únicas que tenho. Sim, as únicas. Não sou, nem nunca fui, propriamente a "Maria" dos sapatos. Por questões de feitio, de falta de espaço para arrumação e, sobretudo, por falta de "guito".
Adiante...
Como disse, nestes últimos dias usei umas botas de salto. E o salto nem é muito fino, nem muito alto. Mas foi um massacre! Meus ricos pés!
Hoje, com umas sabrinas - já deu para perceber que o meu local de trabalho não aceita ténis como parte da indumentária -, parecia que estava a caminhar sobre nuvens!
Ahhh, ao inventor (ou inventora) das sabrinas - essas coisas maravilhosas, leves, elegantes - o meu "Amén"!

Tanta coisa, tão pouco tempo!

Desde o meu terceiro filho que não tinha tido um trabalho minimamente remunerado. Cheguei ao ponto de me sujeitar a trabalhar 8 horas a ser paga por 4. Sim, leram bem: isso acontece, e ainda por cima a situação era conhecida por advogados e não acontecia nada à empresa!
Finalmente, e depois de ter passado por muitos trabalhos a tempo parcial, e depois de muita luta, muito cv entregue sem qualquer resposta, consegui um trabalho a tempo inteiro e com um salário decente.
Mas isso tem implicado muitas alterações à rotina. E com essas alterações, a organização surge como uma imposição implacável! E bem vinda! Porque tem MESMO de ser!
Ou deixamos já tudo alinhavado de véspera, ou estamos T.R.A.M.A.D.O.S!
E acordar cedo? Custa, e muito! Mas é um descanso poder fazer tudo com tempo e sem correrias. Inclusivé tomar o pequeno-almoço em casa - coisa que muitas vezes, com a pressa, fica esquecida!
Ah, é bom estar de volta!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Coisas pequenas que se pagam em grande preço

Cada vez que a minha filha, já adolescente, me pede para sair com os amigos eu não só a deixo, como ainda incentivo que ela saia e se divirta. Ela está na idade, e não é por ter amigos e se encontrar com eles que me despreza ou que me confronta. Na base disto está, claro, a confiança e o diálogo aberto. As cartas estão na mesa e ela já sabe com o que conta: sais, mas dizes-me para onde e com quem. E às tantas horas, estás em casa. É o que peço. Não é muito. Ela sabe das consequências se não cumprir.
Acho isto tão importante! Lembro-me de ter colegas e amigos cujos pais eram demasiado protectores e que não os deixavam sair. Eu própria sofri com isso até o meu irmão, infelizmente, adoecer, e eu ter a atenção dos meus pais virada exclusivamente para ele. Essa "desatenção" permitiu-me viver - ainda que fora da idade - essa maravilhosa vida para além da escola-e-casa.
Muitas vezes pensamos que ao proteger os nossos filhos estamos a fazer-lhes um bem enorme. Mas isso não é verdade: a super protecção tende a ser mais prejudicial que benéfica. E isto porque chegamos a uma idade em que só temos dois caminhos: ou nos rebelamos e fazemos o que queremos às escondidas, ou, pior, anulamo-nos como pessoas para "não haver problemas" e vivermos uma paz podre.
Eu, estúpida me confesso, optei pelo segundo caminho. E desde muito pequena - com o meu primeiro contacto social, na escola primária. Percebi que se não desse problemas teria garantido o amor dos meus pais. Claro que há uma distância entre o que percebemos e a realidade.
E isso teve consequências: sem me aperceber, "matei" a Ana. E aos dezassete anos, quando me caiu a ficha, as coisas ficaram muito negras. Não tinha vivido o que era suposto viver na adolescência, essa coisa do sair e ter amigos. Tudo para não desagradar aos meus pais protectores.
Já lá vão mais de vinte anos, e as marcas ainda cá estão. Lentamente, vou saindo da concha em que me fechei. Mas estou a anos-luz de quem se move socialmente como um peixe na água.
Voltamos ao princípio deste texto: cada vez que a minha filha, já adolescente, me pede para sair com amigos eu não só a deixo, como ainda incentivo que ela saia e se divirta. O preço a pagar por não se viver o que se deve viver na altura certa é alto demais! Os filhos não podem pagar pelas inseguranças dos pais.