quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Por que razão não faço greve?

Porque trabalho no sector privado, que não sobrevive à conta de dinheiros públicos, mas sim do que produz. Se eu não trabalhar, não me pagam o dia - o que faz enorme diferença no final do mês -, porque a falta é injustificada.

Ora, Portugal está a braços com uma enorme crise. E porquê? Porque temos vivido à conta de créditos, mas sem produzir para os poder pagar. Logo, o défice da economia é o que é. E só se resolve com trabalho, com produtividade. Estamos num acordar duro para a realidade - que é feia, sim, mas sobre a qual todos temos responsabilidade.

Isto parece-me lógico. Se as medidas de austeridade nos tiram capacidade de consumo e investimento, a greve - por muito justificada que seja - ainda nos retira mais dinheiro do pouco que temos. É um dia sem produzir. É um dia perdido. É dinheiro - por pouco que fosse - que deixa de entrar.

E se a greve é um direito, trabalhar também o é. E se vivemos em democracia, devemos respeitar as opções de cada um.

Esta é a minha.

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