quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Da abolição dos feriados

Eliminam o 1º De Dezembro e o 5 de Outubro.


Eliminaram a data que assinala o facto de sermos portugueses e não espanhóis, e a data que assinala a implantação do regime em que hoje vivemos.


No entanto, mantiveram o 25 de Abril. O VINTE E CINCO DE ABRIL? Digam-me o que é que o vinte e cinco de Abril trouxe de extraordinário aos portugueses?


Uma revolução que não foi feita a pensar no povo, apenas no interesse de alguns militares. Ora se os militares fossem atendidos nas suas exigências, não iriam mexer uma palha que fosse em prol do povo, aposto!


O povo foi liberto de um regime que asfixiava o país? Não sei se foi. O que nos governa continua a ser o interesse instalado de desterminadas elites. O povo, como se vê, continua apenas e só a ser chamado a intervir para eleger os ladrões que se revezam na delapidação contínua do erário público. Que grande democracia!


E quanto à liberdade de expressão, também não brinquem comigo: se alguém se assumir de direita e conservador, e não for politicamente correcto, pode ver-se ofendido e até difamado. A democracia não deveria trazer o respeito por todas as convicções?


A saúde, a educação, a justiça são pilares de uma nação e cada vez mais só estão ao alcance de quem tem dinheiro para as pagar - ainda que todos descontemos. A segurança social está a romper pelas costuras, porque não pode continuar, num país que não apoia a família (logo não incentiva ao nascimento de mais crianças), a sustentar, através de subsídios, quem declaradamente se recusa a trabalhar (e, em muitos casos, nunca trabalhou) e tem boas capacidades para isso.


Já não existe o medo da PIDE - ainda bem-, mas não consigo sair à rua sem pensar que posso ser violada, assaltada e agredida à "cara podre" pois os prevaricadores não são punidos muito para além de uma apresentaçãozinha periódica na esquadra, ou absolvidos por serem uns coitadinhos vítimas do sistema, para voltarem a repetir a proeza! É isto a Liberdade?


Os professores já não dão reguadas, nem estaladas e ainda bem. Mas os miúdos têm, muitas vezes, medo de ir à escola porque rufias que não querem estudar são mantidos pelo sistema para assaltarem e agredirem enquanto o pessoal escolar nem lhes pode tocar.


É este o progresso?


Onde estamos nós, volvidos 37 anos de promessas de um país melhor?


Não quero que o meu país volte para trás, mas sim que ganhe orgulho e rectidão, que o povo realmente se una e faça jus ao "povo unido, jamais será vencido" e elimine, de uma vez por todas, esta mentalidade que nos tem prejudicado e não nos deixa seguir em frente.

Nova forma de pôr o David a comer

É ver o novo episódio do "Fora da Box" com os Gato Fedorento.
Certinho como come tudo!

Escudo

Perante a crise das dívidas soberanas, há uma possibilidade relativamente grande de o euro acabar e voltarmos ao escudo.

Ainda me lembro de quando vivíamos com a nossa antiga moeda. Lembro-me que, em 2000, quando me casei, eu ganhava 90 contos (hoje 450 euros) e o meu ex-marido 120 contos (hoje 600 euros). E até ganhávamos bem para a altura!

Lembro-me que com esse dinheiro pagávamos a renda de casa, a prestação do carro, a gasolina para o mês, os transportes para o trabalho, as despesas habituais (luz, gás, água, comunicações), supermercado e ainda nos sobrava mais que dinheiro para almoçarmos e jantarmos fora, e ainda ir ao cinema pelo menos dois Sábados por mês!

Hoje, que faria eu com um rendimento de 1050 euros mensais???

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Perspectivas

Anda toda a gente encrespada por causa de um vídeo publicado no Youtube sobre uma mulher que desata aos insultos racistas num comboio em Londres. A senhora foi detida.

O racismo é condenável, venha ele de brancos, pretos, asiáticos, ciganos, etc.

Mas também me parece condenável que a habitual vitimização por parte de muitos destes "costumeiros visados do racismo branco" leve a que se cometam injustiças que indignam qualquer um!

Não se pode chamar a atenção de um africano, por exemplo, se este está a fazer algo que não deve sem que sejamos rotulados imediatamente de racistas.

Não se pode denunciar uma família cigana por estar a fazer desacatos e a perturbar a ordem pública sem que sejamos não só rotulados de racistas, como ainda ameaçados e, por vezes, até agredidos.

Esta senhora da notícia foi detida. Com razão.

Mas quantos de nós não somos vítimas de minorias étnicas e de imigrantes e ainda os vemos sair impunes de assaltos à mão armada, violações e homicídios - e muitos deles a viver à conta de RSI - , e temos de calar sob pena de sermos considerados xenófobos e racistas?

Será que os governantes ainda não se deram conta que o proteccionismo dado a supostas "vítimas" de racismo ainda atiça mais os sentimentos xenófobos e racistas? E que estes ainda vêm mais ao de cima em alturas de crise?

31 anos

É a idade que o meu irmão completa hoje.

Nem acredito que já lá vão 31 anos desde que aquele bebé rosado, grande e muito berrão invadiu a minha vida de menina de três anos apenas.

Era muito loiro - cabelo mesmo branco sujo -, parecia não ter sobrolhos (só nos apercebemos que ele tinha sobrancelhas depois de ele fazer sete anos), e tinha (como ainda tem) uns olhos azulíssimos e pestanudos.

Cresceu e tornou-se num homem bem parecido, alto, com umas mãos brancas, longas e muito elegantes (as mãos do meu irmão são a coisa mais magnífica que já vi). Reservado, de humor inteligente e acutilante, tinha (e tem ainda) em mim a vítima preferida das tiradas dele. Sempre cativou muito as pessoas, e teve um sentido prático da vida e das coisas.

E, apesar de tudo, continua o mesmo Ricardo.

Muitos parabéns, mano!

David, o alentejano

Por estar com a avó todos os dias, o David tem o sotaque carregado do baixo alentejo quando fala alguma coisita: não diz "leite", mas sim "lêti"; não diz "noite", mas sim "nôti".

Achamos-lhe uma piada...! ;)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Motivo de orgulho

O Fado já é Património Imaterial da Humanidade.

Não sou especialmente fã de Fado (acho-o deprimente), mas reconheço que deve ser para todos os Portugueses motivo de orgulho, pois com ele também são reconhecidas a Língua e a Cultura Portuguesas.

E este Natal, tudo o que tenho a comprar é

Couve portuguesa
Açúcar
Batata
Ovos
Grão-de-bico
Farinha, maizena e baunilha
Tablete de chocolate
Leite condensado
Natas
Bolo-rei


Não vou andar a fazer muita doçaria nem fritos porque já sei onde geralmente acabam. Portanto, é mesmo o essencial: bacalhau cozido com batata, couve, ovo e grão-de-bico, e algumas sobremesas que sei que todos gostam. E mais nada. Fazer um banquete para depois ter comida a rodos que vai parar ao lixo, nem pensar!

Toma! Vai buscar...

Esta manhã, eu atrasada para o trabalho. David não se quer vestir.
- Vá lá, David! Será que tem de ser o mesmo stress todas as manhãs???
Sara (que se encontrava ao pé de mim) - Tu é que quiseste ter mais filhos...

Uma pequena excentricidade




Quando temos um bocadinho mais na carteira, permitimo-nos uma "delícia". Poderíamos ter pensado num fim-de-semana a dois, num jantarinho romântico e noite a dois...mas...como gostamos de ter a família sempre reunida, optámos por algo que nos envolvesse aos quatro. Vai daí...comprámos uma PS3 320 Gb (com comandos move e cam), um jogo de fitness, um de guerra (isto é mais para nós, os mais velhos) e um de desportos variados.


Os miúdos adoram a interactividade do comando. A Sara surpreendeu-me pela perícia com que manuseia os comandos. Aquela miúda é demais! Eu sou uma naba ao pé dela!


E não pensem que isto foi uma coisa impensada. Já andamos a "namorar" esta ideia de ter uma PS3 desde o ano passado, mas nunca tivemos "folga" para que isso acontecesse.

Agora, depois das despesas pagas e de termos poupado em coisas realmente desnecessárias (para quê tomar o pequeno-almoço fora ainda que aos fins-de-semana, ou comprar roupa e calçado quando ainda se pode aproveitar peças do ano passado que estão praticamente novas?), demos este presente à nossa família, e até a amigos que nos visitam.

Acho que foi um bom investimento.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O poder do elogio

Há dias, eu tinha acordado extremamente cansada. O dia parecia não estar a correr bem. Até que houve alguém que me elogiou.

Às vezes, uma palavra faz TODA a diferença no dia de uma pessoa.

Não sei a razão que nos leva a hesitar em elogiar alguém. Será que temos medo que os outros fiquem convencidos e arrogantes?

Se soubessem quantas flores neste mundo precisam de ser regadas para voltar a ver o sol brilhar...

Oops

Há dias, consegui chegar à fala com um cliente que tem sido difícil de apanhar. Ora não está, ora não atende.
Da última vez, a secretária disse-me que o senhor tinha ido de férias.
Esta semana, quando finalmente consegui falar com ele...:
- Olá, sr A. Como está? Já soube que foi de férias...
- Ai, fui?...Ah, pois fui!


Já agora, porque não me perguntou para onde foi? Porque eu, de certeza (a bem dizer, em pensamento) dir-lhe-ia que foi para o raio que o parta!

Uma questão de credibilidade...ou falta dela

Eis um artigo de opinião da Fernanda Câncio. É bom que pensemos nisto:

"Desde que há greves gerais em Portugal que são todas um grande sucesso. Para as centrais sindicais, bem entendido, porque para os governos em funções e partidos de suporte surgem sempre pífias. Habituámo-nos a esta guerra de números, como se fosse normal não se apresentarem valores sindicáveis da adesão a uma greve que ostenta o epíteto de "geral", e quando se tem a noção de que é sobretudo o sector público que "greva", justificando-se isso com "medo de represálias".

Confesso que me custa perceber este tipo de justificação. Primeiro porque quem a apresenta não pode deixar de se dar conta de que está a frisar a existência de uma diferença abissal entre a segurança no emprego no sector público e no privado (diferença essa que este governo sobejamente invoca, e cujo realçar agradece); segundo porque se o direito à greve está consagrado nesta como noutras democracias tal não significa que fazer greve não possa/deva implicar riscos ou sacrifícios - riscos e sacrifícios, bem entendido, para além do de perder o salário dos dias de paragem.

O imaginário das greves gerais, as que permitiram grande parte dos direitos de que hoje gozamos (ou gozávamos, como o da jornada diária de oito horas), fez-se do martírio de milhares de pessoas, que arriscaram tudo - do salário e emprego à vida propriamente dita, em confrontos com a polícia e os "amarelos". É desonrar essa herança convocar greves por dá cá aquela palha ou chamar greve geral, e ainda por cima "bem sucedida", a uma paragem a que adere uma pequena parte da população e que tem sobretudo a virtualidade de reforçar o fosso "garantístico" entre o privado e o público.

Na altura em que escrevo, ainda não ouvi um número adiantado pelas centrais sindicais para a adesão a esta greve, mas lembro bem o que foi lançado o ano passado: "mais de três milhões". Ou seja, num país de 10 milhões e picos, um terço da população, mais de metade da chamada "força de trabalho". Se é óbvio que os motivos para protestar se agudizaram (e quanto) desde então, e se UGT e CGTP falam de "uma adesão maior", de quantos milhões estaremos a falar desta vez?

Como me dizia ontem um trabalhador da construção civil (ver reportagem nas págs. 10/11), "greve geral é quando pára tudo, se houvesse mesmo greve geral eu não vinha trabalhar". Podendo-se desde logo questionar se a greve, geral ou particular, ainda faz sentido como única "forma de luta" das chamadas classes trabalhadoras, parece inevitável concluir que só se deve convocar uma greve geral quando estão criadas as condições para que mereça o cognome. Sob pena de vermos UGT e CGTP a fazer o papel do Pedro na fábula do lobo. O que é o mesmo que dizer de idiotas úteis. Tanto mais imperdoável quando o pior ainda agora começou."





E ainda reforço este artigo com um post da Maria sobre a greve.





WTF?

Nunca tive problemas em entrar numa perfumaria. Entro, demoro o tempo que preciso e saio sem qualquer enjoo ou má disposição.

Pois hoje - não sei se foi por ter estado algum (muito) tempo sem entrar numa - entrei e quis sair logo que possível, tal o enjoo e a má disposição. Credo!

By the way, o "Si" da Lolita Lempicka (nunca tinha experimentado a fragrância) é muito bom, muito fresco, com notas cítricas. Se não soubesse que é um perfume de gaja, diria que se podia oferecer a um gajo...

E o frasco...sem comentários: apenas lindo! Como todos os dos perfumes dela, aliás.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pare, leia e não envie!

Estava a mandar um mail para um senhor cujo sobrenome era Caetano. Ia mesmo, mesmo, mesmo carregar no "enter" para seguir quando reparo que ia mandar o mail para um tal de "Catano". Céus! Ainda bem que tenho dedo lento para estas coisas!

Passado o susto pelo possível sarilho em que me ia meter, desatei-me a rir em surdina! Podemos fazer greve a tudo e mais alguma coisa, menos a rirmo-nos de nós próprios! A boa disposição é garantida!

Ai, balha-me a santa!




Há gente que não sabe o quão bonita é e, ao desvalorizar-se, procura alternativas muito pouco recomendáveis. O resultado é um desastre!


A história que se segue é a de uma menina russa de 22 anos que começou a injectar botox nos lábios...aos 17 anos! Dizia que tinha os lábios muito finos (!!!!) e que queria parecer-se com a Jessica Rabbit (ai!) - o seu ícone de beleza.


Só que...ficou viciada nesta cena do botox e perdeu a noção dos limites!





Agora, são os lábios da Rabbit que parecem finos em comparação aos da tal Kristina Rei...


Parece que ela levou um pêro no trombil e que ficou com os lábios deformados...


Por que razão não faço greve?

Porque trabalho no sector privado, que não sobrevive à conta de dinheiros públicos, mas sim do que produz. Se eu não trabalhar, não me pagam o dia - o que faz enorme diferença no final do mês -, porque a falta é injustificada.

Ora, Portugal está a braços com uma enorme crise. E porquê? Porque temos vivido à conta de créditos, mas sem produzir para os poder pagar. Logo, o défice da economia é o que é. E só se resolve com trabalho, com produtividade. Estamos num acordar duro para a realidade - que é feia, sim, mas sobre a qual todos temos responsabilidade.

Isto parece-me lógico. Se as medidas de austeridade nos tiram capacidade de consumo e investimento, a greve - por muito justificada que seja - ainda nos retira mais dinheiro do pouco que temos. É um dia sem produzir. É um dia perdido. É dinheiro - por pouco que fosse - que deixa de entrar.

E se a greve é um direito, trabalhar também o é. E se vivemos em democracia, devemos respeitar as opções de cada um.

Esta é a minha.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quem é que vai fazer greve amanhã? Quem é?

Eu não.

Sleep

Então, é assim: a Sara nasceu há 8 anos. Até aos 4 anos e três meses nunca dormiu uma noite completa. Depois, passou a dormir.

O David nasceu há dois anos e meio. E só dormiu, até hoje, duas noites completas.

Tudo somado: 6 anos e sensivelmente 6 meses sem dormir uma noite completa.

Não mata, mas mói. E de que maneira! Porque se torna num ciclo vicioso: não dormimos, ficamos cansados, não temos paciência para os ensinar a dormir toda uma noite e por aí adiante!

Isto afecta a nossa capacidade de raciocínio, as nossas tomadas de decisão, o nosso rendimento no trabalho, a nossa concentração. Tudo fica afectado!

E hoje acordei assim: a sentir-me no limite. A desesperar por dormir. Porque o corpo pede e não consigo (ou não posso, porque estou a trabalhar a recibos verdes e tão cedo não tenho férias).

Há que ter paciência. Se aguentei até aqui, de certeza que aguento mais um pouco.
Ando de tal forma, que acho que preciso de tirar férias de mim mesma. Ah, como eu queria hibernar!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

De "pucanino" se "troce" o "pupino"

Fui almoçar com o meu senhor. Conta-me ele que telefonou para casa da mãe, para saber do David.


"Liguei para casa da minha mãe, para saber do menino. Perguntei como ele estava, a minha mãe disse que ele estava bem, a ver os desenhos animados. Pedi-lhe para lhe chegar o telefone para eu poder falar com ele.

- Tou? David? É o pai, filho!

Do lado de lá, nada.

- Tou! Estás a ouvir o pai?

Nada. Ouço a voz da minha mãe:

- Então, David? É o pai! Fala lá...

- Pai? Pai!!! Óia! Tou a fajê méda!

- Quê? Estás a fazer merda???

- Ximmmm!"


...

How to save a life

Participem!

Não custa nada, e podem ser o/a herói (ou heroína) de alguém, ao salvar-lhe a vida!


http://www.chsul.pt/index.php/pages/calendario_brigadas



Eu ainda dou o peito, mas que se lixe. Vou na mesma. Às tantas, posso mesmo tornar-me dadora.

Mestre, you TWAT!

Desde os tempos de escola que fui habituada a trazer o almoço de casa. Preparo de véspera, ponho em caixinhas e voilá! No outro dia, é só aquecer.


É outra liberdade, comemos o que queremos, não estamos em filas de espera em restaurantes, a comida é feita com coisas que sabemos o que são e mesmo ao nosso gosto, para além de, evidentemente, pouparmos imenso.


Ontem, fiz hamburgers. Para não ficarem assim, sem graça, fiz um molho de limão para os acompanhar com arroz manteiga.


Só que desta vez, em vez de colocar os hamburgers logo na caixa, tive a infeliz ideia de os deixar no prato, a arrefecer, em cima da bancada. Nem me lembrei mais deles.


Hoje de manhã, acordo...e dou com o prato vazio! Quem foi? QUEM FOI????!!!!! O gato Mestre, pois claro! Na calada da noite, o meu gato comeu-me o almoço!!!!!


Como inibir o apetite àquela besta???? Ele quer tudo o que vê, tira a comida das mãos do David, ou de quem quer que esteja menos atento!


Parece um saco sem fundo...mas...um saco muito fofo!

O problema é esse: ficamos furiosos com ele, mas depois...olhamos para aqueles olhinhos azuis, para aquela bola (mesmo bola, que ele está gordo!) de pêlo...ele a ronronar e a pedir festas...e nós derretemo-nos!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Consulta médica

Não é que as consultas de medicina no trabalho adiantem de muito. É apenas uma formalidade em que um funcionário, se quiser, pode mentir à boca cheia sobre o que tem ou teve sem que haja um exame a comprovar ou a desmentir.

Assim, tenho 115 mg/dl de colesterol (nada mau).

83 mg/dl - nível de glicémia após o almoço

11/8 de tensão arterial.

Portanto, nada mau.

Recomendação: praticar natação como exercício físico devido aos derrames (coisa "mai'linda" deixada das gravidezes). Corrida, aeróbica, caminhadas...tudo o que faça pressão nas pernas, NÃO!

Com a falta de guito, ou vou nadar para a Ribeira da Lage (que, na sexta-feira, dia 18, estava bem convidativa para uns mergulhos) ou deixo-me estar quietinha.

É a crise II

Enquanto uns se abstêm de colocar iluminações de Natal, outros há que gastam milhões nas mesmas e ainda por cima em negociatas com os rapazinhos da mesma cor política!
E nós a pagar...
Por que razão não se pede a independência da Madeira????

É a crise

O Pavilhão Atlântico lá encheu outra vez para mais um Concerto do Tony Carreira.


Ora, com estes preços de bilhetes, e sabendo que havia gente que já tinha ido mais que três vezes a concertos deste senhor...e só este ano...chego à conclusão que ainda há muitos portugueses a viverem sem contar os cêntimos! E ainda bem!

Esqueceu ao diabo, lembrou ao sr Oneal Morris...



Mas quem, por Deus, se lembra de injectar CIMENTO nas nádegas (ou aonde for sem ser em algo relacionado com a construção...) de alguém???

Não quero, de todo, fazer pouco da situação...mas a esta minha mente só vem a palavra "kuduro"...



Sorry...









sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Era uma vez um boião

A discussão anda acesa sobre um comentário da Ministra da Agricultura!

Isto nem devia dar discussão. É puro bom senso! Acho bem aumentar o IVA a produtos como boiões de comida, uma vez que acho que não devem ser alimentação base de criança nenhuma! Reconheço que são apenas práticos, numa situação em que a comida pode estragar - uma saída, por exemplo.

Fruta, legumes, carne, peixe, ovo, massas, pão, arroz, azeite, leguminosas...são tudo coisas que devemos comer, e uma alimentação correcta deve ser incutida desde cedo!

É evidente que a fast food é prática, que é muito bom não ter de cozinhar...mas a ser um recurso recorrente, é um atentado contra a saúde!

Por isso, juro que não percebo esta discussão. Para mim, é óbvio que se dê primazia a produtos frescos e naturais. Para além de um acto inteligente: a comer correctamente, evito gastos desnecessários amanhã em dentistas, nutricionistas, etc. E do ponto de vista económico, se pensarmos bem...o kg de um boião de fruta andará à volta de cinco (cinco!!!) euros. Alguém paga um kg de maçãs, por exemplo, a cinco euros? Além de que a fruta ao natural se presta, depois, a inúmeras utilizações: compotas, purés, sumos, etc...tudo feito em casa e com ingredientes que todos conhecemos.

Da consulta de ontem

Ontem, foi dia de consulta no Amadora-Sintra. Peso e altura de acordo com a estrutura dele (que não é grande), vai ter de ser seguido em Cirurgia por causa de pilinha (parece que a pelinha devia ir mais para trás do que foi, segundo a médica).

Nova consulta de acompanhamento será em Maio, quando ele completar os três anos.

Levou a Prevenar. A médica achou por bem ele ser vacinado, mesmo que não frequente ainda o Infantário. E quanto a isso do Infantário, a médica disse que ele deveria frequentar um o mais brevemente possível, porque notou que ele, apesar de tranquilo, precisa de mais consistência nas regras e de convívio com outras crianças.

Isso quero eu e o pai, evidentemente. Mas a nossa querida rede pública de educação pré-escolar é a treta que se sabe e os privados, ao saberem disso, pedem os olhos da cara como mensalidade (para além de alguns meterem medo ao susto e não terem um mínimo de condições para acolher crianças!!!).

Até à medula

O caso do filho do Carlos Martins veio sensibilizar os portugueses para serem dadores de medula.

Os apelos sucedem-se e a adesão aumenta.

Mas, por incrível que pareça, nos muitos jornais online que noticiam o caso, existem comentários de bestinhas que criticam o apelo porque, segundo as mesmas "existem muitas crianças anónimas que não têm o mesmo tratamento e das quais ninguém se lembra!".

Vamos lá a ver uma coisa, suas animálias (referindo-me, claro, a esses excelsos defensores das criancinhas anónimas - por quem também não fazem nada): este caso, por ser mediático, é uma esperança também para as crianças anónimas que sofrem do mesmo mal. Ao apelar à doação de medula óssea por causa do Gustavo, os jogadores da selecção estão, também, a ajudar todas as outras crianças (e não só, adultos também) que precisam de um dador. Porque quando se deposita o nosso sangue no banco de dadores de medula, o mesmo não vai especificamente para "A", "B" ou "C", mas para alguém neste mundo que seja compatível connosco. Ora, se a adesão, por causa deste caso, tem sido boa...aumentam as probabilidades de cura para mais gente!!!

Credo! A crítica fácil e corrosiva neste país é um flagelo pior que a crise!!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TPC

Sara: Mãe, tenho aqui um problema de Matemática que não estou a conseguir resolver...
Eu: Diz lá
Sara: "Na quinta dos avós da Mariana há sete cães e gatos. Por dia, cada cão come cinco biscoitos e cada gato come 4 biscoitos. Ontem, a Mariana comprou 32 biscoitos. Quantos cães e quantos gatos existme na quinta?"
Eu: Há aí uma rasteira. Vê lá.
Sara: Pois, é nos sete cães e gatos. Não são sete cães e sete gatos.
Eu: Exacto: tens de descobrir quantos cães são e quantos gatos são. No total, como já viste, são sete animais. Como é que chegas lá?
Sara:...
Eu: Vá: lê novamente o problema.
Sara (depois de ler): Pois, é pelos biscoitos que a Mariana comprou.

A Sara fez as contas: se cada cão come 5 e cada gato come 4...Então, existem 4 cães (comem, no total desse dia, 20 biscoitos) e 3 gatos (comem, no total desse dia, 12 biscoitos). 20 biscoitos + 12 biscoitos= 32 biscoitos.
4 cães + 3 gatos= 7 animais.

Problema resolvido.


No final:

Sara: Mãe, sabias que já tivemos problemas de Matemática na Escola que nem a Professora conseguiu resolver?



...

Somos umas criançolas

lá em casa. Tanto assim é, que mal passou o São Martinho...fizemos logo a Árvore de Natal...

:)

Haverá melhor que acordar cedo, tomar o pequeno-almoço com calma, não apanhar trânsito...e ainda ter tempo de saborear um galão quente antes de ir trabalhar (e ainda chegar ao trabalho antes da hora)?

Por mim, começava a trabalhar às 7:00 para sair às 16:00, pois o período da manhã é muito mais produtivo! E se for assim, a começar o dia em força mas sem stress...maravilha!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Amanhã é dia de consulta

no Hospital Amadora-Sintra, na sequência do que se passou com o David aquando dos seus primeiros dias de vida.

Ele é ainda muito trapalhão a andar, ainda não fala muito e está magro para a idade que tem.

Acredito que não haja nada de mal com ele, mas desde que vi o que aconteceu com o meu irmão (o facto de não se detectar cedo a sua doença fez com que ele ficasse como ficou), que sou muito picuinhas e não facilito.

Não acontece só aos outros!

Hoje também não ouvi o despertador e cheguei meia hora atrasada ao trabalho... :(
Uma experiência a NÃO repetir.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A culpa é só do Governo?? Não me parece...

Quando a República foi implantada, toda a gente a justificava porque a Monarquia era a causa de todos os males do país.
Quando se deu o golpe de 1928, toda a gente o justificava porque a Primeira República era a causa de todos os males do país.
Quando se deu o 25 de Abril, toda a gente o justificava porque a ditadura de Salazar era a causa de todos os males do país.
Estamos em suposta democracia há 37 anos. E o povo continua miserável, acrítico e analfabeto. E determinadas elites continuam a governar-se à grande.
Não me venham com a história de que a culpa é deste ou daquele governo. A culpa é de todos. Porque os governos têm mudado, os regimes têm mudado, e Portugal continua na cauda da Europa.
E porquê? Porque, no nosso país, prevalece a chico-espertice sobre a competência e sobre a seriedade; porque prevalece a inveja, a maledicência, e o egoísmo, sobre a generosidade, a solidariedade, a boa formação humana, cívica e moral; porque prevalece a ideia de que quem é honesto e cumpridor é estúpido. Porque é preferível dar aos portugueses lixo que venda, que educar mentalidades para sermos, ao menos, credíveis. Porque é muito melhor impingir direitos em vez de educar para a responsabilização. Porque achamos ser muito civilizado ter leis que permitem mulheres de se desenvencilhar de um filho até às 10 semanas, embora continuemos a promover o facilitismo e a irresponsabilização na educação das crianças.
Saramago disse, uma vez, que "cada povo tem o Governo que merece". E é verdade. Até porque o Governo sai do povo.
É a nossa mentalidade que nos prejudica. Mas achamos sempre que a culpa é dos outros. Não, a culpa é de todos. E há que ver isto com olhos de ver.
E sobre isto, deixo-vos um texto de Eduardo Prado Coelho. Reflictamos sobre estas palavras:

"Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho – in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como
Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dzemos que Sócrates não serve.

o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que
foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre
valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais
apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos
demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão
ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos
passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras
particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo

o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ….e para

eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda

a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:
– Onde a falta de pontualidade é um hábito;
– Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
– Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo
nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
– Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
– Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem

que é ‘muito chato ter que ler’) e não há consciência nem memória

política, histórica nem económica.
– Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar
projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe
média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser ‘compradas’, sem se fazer qualquer exame.
– Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma
criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto
a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
– Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
– Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a
criticar os nossos governantes.
– Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um
guarda de trânsito para não ser multado.
– Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como
português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que
confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como ‘matéria prima’ de um país, temos muitas coisas boas, mas falta
muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa ‘CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA’ congénita, essa
desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se

converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade

humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é
real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte…

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o
suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada…

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas
enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar
primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve
Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a
força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa ‘outra coisa’ não comece a
surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os
lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente
estancados….igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone
começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda…

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam
um Messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada
poderá fazer.

Está muito claro… Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o
responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de
desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO."

Tirei daqui.

Perfeito, perfeito...

...é dormir a sesta numa tarde de tempestade.

Ou acordar numa manhã cinzenta e fria, com o cheirinho do pão acabado de fazer.

Ou ter os gatos a aquecer-nos os pés.

Ou andar na rua com o delicioso contraste de ter o frio na cara e o aconchego dos agasalhos que nos traz quentinhos...

Ou ainda do cheiro a castanhas assadas no ar.

Ou o anoitecer mais cedo a lembrar o Natal, a lareira, o brilho das luzes das Festas...

Ou conversar pela noite dentro, bebendo um chá bem quente.

Ou aquelas comidas reconfortantes e quentes...

Ou chegarmos a casa, a correr por causa da chuvada inesperada...tirarmos as roupas molhadas e enfiar-nos num banho quente...

Por isso, é que, por esta altura, já andava com saudades destas coisas...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ainda sobre o Mestre

Como aquela história dos testículos retidos no abdómen me mexeu com os neurónios, fui googlar e apareceu-me isto:

"Criptorquidismo (do grego: testículo escondido) é uma alteração reprodutiva de machos, caracterizada pela ausência do deslocamento de um ou de ambos os testículos da cavidade abdominal para o escroto . Criptorquidismo unilateral é o termo correto para se definir a ausência de um único testículo no escroto e criptorquidismo bilateral refere-se à ausência de ambos. O testículo pode estar retido no tecido subcutâneo da área pré-escrotal, no abdome ou na área do anel inguinal .

ETIOLOGIA E PATOGENIA

Criptorquidismo é uma afecção causada por fatores genéticos mas tem componentes endócrinos e extrínsecos. Existe um envolvimento considerável de fatores genéticos em doenças relacionadas anomalias do cromossomo X, entre elas o aparecimento de criptorquidis-mo9. Outros defeitos congênitos parecem estar associados ao criptorqui-dismo incluindo hérnia inguinal, displasia coxofemoral, luxação de patela e defeitos do pênis e prepúcio. Por conceito, o criptorquidismo é uma doença hereditária autossômica, ligada ao sexo10. Portanto, embora somente os machos manifestem os sintomas, as fêmeas podem ser portadoras do gene responsável. Acredita-se que a doença seja poligênica1. A patogenia do criptorquidismo ainda não é bem esclarecida. Em humanos, condições como prematuridade, baixo peso e baixa estatura ao nascimento, gemelaridade e exposição da mãe a estrógenos durante o primeiro trimestre da gestação estão associados ao criptorquidismo9. Em cães também foram descritos como fatores predisponentes a apresentação posterior do feto no momento do parto, com comprometimento do suprimento sanguíneo dos testículos e retardo no fechamento umbilical, causando falha na capacidade do filhote em aumentar a pressão intra-abdominal e finalmente a persistência do ligamento suspensório cranial do testículo fetal.
Certas anomalias que levam à deficiência ou ausência total da produção de testosterona podem acarretar em falha na descida testicular. São incluidas nestas alterações do cromossomo sexual, indivíduos com insensibilidade a andrógenos e portadores da síndrome de persistência do ducto de Müller. Ainda, alterações da inserção do testículo ao gubernáculo testis poderá acarretar em ectopia testicular. Em medicina humana, existe a hipótese de que a secreção inadequada de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), hormônio luteinizante (LH) ou testosterona é causadora de criptor-quidismo6. Em camundongos foi descrita uma deleção do gene que codifica um fator semelhante à insulina (Insl3) ou do seu receptor (Great/Lgr8) responsáveis pelo aparecimento de criptorquidismo bilateral . Porém em humanos e cães foram descritas apenas mutações silenciosas, sem o aparecimento do problema.

SINTOMAS

Existem vários sintomas associados ao criptorquidismo, variando de acordo com a idade e a localização do testículo, tais como: esterilidade, distúrbios de comportamento, aumento de sensibilidade local, dermatopatias, alterações neoplásicas dos testículos, entre outros13. Quando o criptorquidismo for bilateral o animal será estéril10. Entretanto, nos casos de criptorquidismo unilateral o testículo em posição escrotal terá espermatogênese normal8, sendo comum a oligospermia6. Ao se induzir cirurgicamente o criptorquidismo unilateral em cães, Kawakami e col. (1999) observaram que houve diminuição da concentração espermática total e aumento dos níveis séricos (veia espermática) de estrógeno, bem como diminuição da concentração plasmática de transferrina, testosterona e hormônio luteinizante (LH) . O aumento do estradiol sérico sugere que ocorre inibição das funções endócrinas e da espermatogênese do testículo contra lateral8. Os sintomas locais dolorosos são raros e intermitentes, mas podem ser traduzidos por dificuldades de micção ou por claudicação, principalmente se associados com neoplasia testicular. Apesar de incomum, a torção do cordão espermático do testículo abdominal provoca dor aguda, além de outras complicações10. As chances do testículo ectópico desenvolver tecido tumoral é 13,6 vezes maior do que o testículo normal6. Os tipos histológicos mais comuns de neoplasia no testículo retido são o sertolinoma (50%) seguidos de seminoma (33%), teratoma e cistos dermóides. O animal criptorquídico pode apresentar modificações de comportamento como: hipersexualidade, excitabilidade, irritabilidade e tendência à agressividade. Ainda, as neoplasias em testículos ectópicos podem acentuar sobremaneira esta alteração comportamental, além da diminuição da fertilidade, do alto risco de torção do cordão espermático e todas as complicações clínicas e cirúrgicas pela presença do tumor15.As dermatopatias são resultantes de insuficiência hormonal decorrente da degeneração testicular, normalmente encontradas no caso de sertolinomas.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico deve ser feito através de inspeção visual e palpação cuidadosa do escroto. Entretanto, a gordura escrotal em excesso e os linfonodos inguinais podem ser confundidos com testículo ectópico10. O testículo retido é menor em tamanho e peso (caso não haja neoplasia) em relação ao que está localizado no escroto.
O exame ultra-sonográfico pode ser de grande valia, pois permite identificar o testículo ectópico bem como alterações morfológicas do mesmo (Foto 3). É preciso ressaltar que a conduta expectante até o sexto mês de idade do animal é recomendada, antes de se estabelecer o diagnóstico definitivo.

TRATAMENTO

O tratamento para o criptorquidismo pode ser medicamentoso ou cirúrgico. A escolha da melhor conduta a ser realizada depende da idade do animal e da sintomatologia envolvida. Por ser uma afecção comprovadamente hereditária, o tratamento medicamentoso único corresponde a uma conduta questionável do ponto de vista ético. Porém, para cães jovens (até 16 semanas) que apresentam a ectopia testicular de difícil acesso cirúrgico, pode-se optar por tratamento medicamentoso inicialmente, no sentido de promover a descida testicular artificialmente para em um segundo momento proceder-se a terapia cirúrgica.

O tratamento medicamentoso pode ser realizado com o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) ou drogas que tenham ação semelhante ao hormônio luteinizante, como por exemplo, a gonadotrofina coriônica humana3,6. A terapia de escolha para o criptorquidismo é orquiectomia bilateral, por reduzir as chances do desenvolvimento de neoplasias testiculares e a possibilidade de transmissão genética do problema. Dentre as possibilidades de correção cirúrgica, podeserealizar a orquiopexia ou reposição do testículo ectópico, entretanto essas são condutas que não interrompem a descendência genética da afecção, desta forma não recomendável.

PROGNÓSTICO

O prognóstico para a vida do animal é excelente quando o tratamento é realizado de forma a evitar o comprometimento neoplásico do testículo ectópico. Em contrapartida, o prognóstico para a vida reprodutiva é ruim. CONCLUSÃO O criptorquidismo é uma afecção bastante comum na clínica de pequenos animais. Porém, o desafio maior em relação a este problema é o estabelecimento de formas de controle e propagação do defeito em famílias e populações de cães. O controle definitivo do criptorquidismo só é possível por meio de melhoramento e aconselhamento genético conscientes. Para este fim, conhecimento acerca das características do problema são fundamentais. Por exemplo, sabendo-se tratar de uma afecção hereditária, o tratamento cirúrgico definitivo é o de eleição. Ainda, por ser uma alteração autossômica, ligada ao sexo, a transmissão do defeito genético pode ocorrer tanto através do macho como da fêmea. Portanto, a matriz e o reprodutor dos quais o cruzamento resultou em filhotes criptorquídicos, devem ser afastados da reprodução10. Pesquisas que envolvam a identificação e o mapeamento deste problema genético nos cães devem ser estimuladas para que futuramente a utilização de técnicas de biologia molecular possam favorecer a localização do criptoquidismo na população e, portanto, auxiliar no sucesso do melhoramento genético da espécie.

Fonte:http://www.anclivepa-sp.org.br/rev-39-03.htm"

Mestre

Sábado, lá fomos nós à LPDA, decididos a castrar o nosso gatinho.

Preenchemos uma ficha, um termo de responsabilidade e deixámo-lo lá ao cuidado dos veterinários de serviço. Iriamos buscá-lo quatro horas depois.

Regressámos a casa. Em casa comentámos: "Ele é muit'a maluco, sempre a correr de um lado para o outro, sempre a tentar roubar comida...mas faz-nos tanta falta! Sentimos logo a ausência dele..." Nesse preciso instante, toca o meu telemóvel. É o veterinário:

- Dona do Mestre, tem de o vir buscar.

- Que se passa?

- Examinámos o gatinho e não lhe encontramos os testículos!

- Então...é uma gata...?

- Não, não. Ele tem pénis, escroto...mas desconfiamos que os testículos se tenham desenvolvido dentro do abdómen, por isso ele tem de fazer uma ecografia antes de o operarmos.

Ou seja, a operação dele vai ser igual à de uma gata - de barriga aberta.

Mas tem de ser. Não tarda, a Flor está no cio...

sábado, 12 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Prendas

Ah, como é bom já ter as prendas de Natal TODAS. E nem precisei de me enfiar num Centro Comercial - coisa de detesto!

Há lá coisa melhor que ser revendedora de produtos por catálogo? Não é que eu venda...mas dá muito jeito comprar sem sair de casa! E como perfumes, cremes e cremezinhos para o banho, para a barba, para isto e aquilo, toda a gente gosta...ala! Este ano, vai tudo corrido a "cheirinho", à excepção do mais novo.



Autocarro

O autocarro, hoje, ia cheio. E eu, por norma, nunca me sento nos lugares reservados - ainda que sejam os únicos que estejam desocupados.


Mas há ainda gente que, não tendo qualquer condição física que a impeça de ir em pé, refila para lhe darem lugar. Isto passa-se muito com aquelas senhoras na faixa dos 50 / 60 anos que, para terem lugar, já se acham idosas e incapazes.


Qualquer dia, acontece uma situação parecida à desta anedota:




Uma senhora entra no autocarro, e não havendo quem lhe dê lugar, reclama:


- Já não há cavalheiros!


Ao que um cavalheiro responde:


- Haver cavalheiros, há. Não há é lugares!


Tomai e embrulhai!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O telefone tem muito que se lhe diga

Trabalhar com o telefone não é fácil. Há vozes inconfundíveis, mas há outras, direi...híbridas.
Há dias, aconteceu-me uma:
Eu: Bom dia, fala a Ana.
Voz: Bom dia, eu gostaria de falar com o sr T.
Eu: Concerteza. E estou a falar com a senhora...?
Voz: Miguel.

...


A grande vantagem é que do outro lado não conseguem ver-nos a cara...

Além de que este episódio, lembrou-me um outro...

Gostos

É verdade e assumo: detesto caracóis, marisco (exceptuando as amêijoas), cenoura crua, diospiros, bolos feitos com farinha ou essência de amêndoa, abacate, papaia, iscas (miudezas em geral), redfish, orelha de porco, cerveja, vinho (à excepção do vinho verde).


No entanto, e para interrogação de muitas almas, como daquelas toranjas amarelas amargas e ácidas como quem come uma laranja: simples, sem açúcar. Ah, e o hábito de pôr vinagre no meu prato de canja, de caldo verde ou de sopa do cozido, também põe muita gente horrorizada...

Sabe bem, mas faz mal

O meu David é um bom garfo. Embora pouco, come de tudo - até caracóis! Blhéééccc!

Ontem, ficámos a saber - que ele não tem vergonha nenhuma em provar (tirar sem nós nos apercebermos) coisas novas - que também gosta de amendoins com piri-piri! Apre!!!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

À portuguesa

Jantarinho de hoje:

Caldo verde

Bitoque

E mai' nada!

lololololol

Acabo de receber a seguinte sms no meu telemóvel: "Mister, o seu nº foi escolhido para fazer o treino de captação para treinador de bancada! Vá à final da Champions 2012!"

E eu, MISS s.f.f., já lá estou, pois então!

;)

Note to self

Eu devia ter juízo: ter vintes não é, defintivamente, a mesma coisa que ter trintas. Sobretudo, no que diz respeito a estar acordada até tarde e ter de levantar cedo.

Esta noite, armei-me em campeã e só me deitei pelas 3:00. Logicamente, estou a dormir em pé.

E nem a chuva na mona que apanhei esta manhã, quando ia para a paragem do autocarro, me fez acordar! Bonito.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ouchhh!

Hoje, o Mestre vai ser esterilizado. E tem de ficar sem acesso a comida e água, agora, durante a tarde.
Temos pena de ser assim, mas tem de ser. Para bem dele.

Ou...talvez...fique para outro dia. O P. teve de sair e não se apercebeu que a porta da cozinha (onde está a água e a comida) não estava bem fechada...

Sempre que chove, lembro-me desta canção dos Supertramp

It's raining again
Oh no, my love's at an end.
Oh no, it's raining again
and you know it's hard to pretend.
Oh no, it's raining again
Too bad I'm losing a friend.
Oh no, it's raining again
Oh will my heart ever mend.
Oh no, it's raining again
You're old enough some people say
To read the signs and walk away
It's only time that heals the pain
And makes the sun come out again
It's raining again
Oh no, my love's at an end.
Oh no, it's raining again
Too bad I'm losing a friend.

C'mon you little fighter
No need to get uptighter
C'mon you little fighter
And get back up again
Oh get back up again
Fill your heart again...


Uma daquelas deliciosas memórias de infância...

Portuguese hotties


























Mas, melhor, melhor...é mesmo o meu P.!




Porquê?

Diz que a Extrema Direita está a crescer em toda a Europa. Se bem que eu ache qualquer extremismo mau, eu percebo que a ineficácia do sistema que nos tem governado conduza a um descontentamento tal que leve a posições extremadas (sejam elas de esquerda ou direita).

A perda da soberania aliada à crise, leva as pessoas a pôr em cheque a própria democracia - que associam a laxismo na defesa dos interesses e da identidade do seu país.

E se é bom que não esqueçamos o que o extremismo fez aquando da última grande guerra, melhor seria se não nos esquecêssemos do que fez com que esse mesmo extremismo ganhasse a força que ganhou. As coisas não nascem do nada.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Quem disse que a vida de advogado (a) é chata?

Quando era mais miúda, pensava que a vida de um advogado era uma chatice pegada: montes de papelada para ler, montes de calhamaços para consultar, ar circunspecto metido num fato e gravata ou num tailleur. Mas eis senão quando dou de caras com o blogue da Susana e leio isto:

"Hoje de manhã estive num julgamento com vários arguidos traficantezecos. Um dos advogados de defesa, questionando o polícia sobre manobras de vigilância que tinham sido efectuadas sobre dois dos arguidos, numa casa de banho de uma estação da cp,

- e querendo, no fundo, demonstrar que os 2 arguidos (o constituinte dele e o meu), pelo tempo que lá estiveram podiam não estar necessariamente a delinquir, mas quiçá a urinar, avança:

advogado : "sr. agente, quanto tempo demoraram os 2 arguidos na casa de banho da estação de comboios?"
polícia: "não me recordo, 3 minutos... não sei precisar...entre 3 minutos...talvez 15"
advogado: "ó sr. agente..., tem que ser mais preciso! é que de 3 minutos a 15 minutos vai uma grande distância! Eu em 3 minutos posso fazer um simples xixi mas em 15 minutos é claro que já posso estar a fazer outras coisas!"

meu arguido - que é claramente retardado mental e deve ser inimputável: YA DREAD, A ALIVIAR UM CAGALHÃO!!

Se corei? Não.
Não corei porque morri."

Daqui.

Cesariana ou parto normal

Eu, que já vivi ambas as situações, sou peremptória: parto normal.



Se há dores? Há. Se mete medo? Sim. Mas, depois de termos o bebé, a dor passa. Há uma sensação de paz, de alívio. E quando somos chamadas a cuidar do nosso bebé, conseguimo-lo de uma forma mais ou menos desenvolta. Coisa que não acontece no período a seguir a uma cesariana.



Há que ter em conta que a cesariana é uma cirurgia. E que, por isso, o período que lhe sucede é um pós-operatório com tudo o que essa situação acarreta: dores intensas, uma costura com a qual há que ter muito cuidado, para não falar que nos "espremem" a barriga para libertar eventuais impurezas (isto, com a cicatriz da cesariana...ui!ui!). Portanto, cuidar de um recém-nascido nestas condições, há que admiti-lo: é um pouco difícil.



Eu apenas defendo a cesariana quando a situação o exige. Cesarianas por marcação (é a essas a que me refiro) - embora quem deseje esteja no seu pleno direito -, parece-me um pouco abusivo. Há que dar espaço à Natureza para agir.


Não porque ache que uma mulher é menos mãe se tiver um parto por cesariana (é uma ideia um pouco estúpida, além de cruel - muitos bebés poderiam ter sido salvos se tivessem nascido por cesariana.), mas porque, pela experiência que tive, achei ser melhor um parto normal.


Salvo algumas excepções - em que, claramente, à partida, a anatomia da mulher não permite um parto normal -, todas nós deveríamos ser encorajadas a confiar no nosso corpo.

I didn't know I was pregnant

Em tempos, via este programa. Sempre me meteu confusão como é que alguém não se apercebia de que algo estava diferente com o seu corpo. Mas acontece. Quando não se está à espera de algo, não se considera essa hipótese, ainda que haja sintomas. E penso que é por isso que as mulheres não se dão conta que estão grávidas. Atribuem todos os sintomas a outra causa, que não essa. E muitas vezes, deixam andar porque não lhes parece nada que careça de observação médica. Por exemplo: uma mulher que sofra de retenção de líquidos e prisão de ventre. Mesmo sem gravidez, essa mulher tem tendência a inchar, o ventre dilata, e sente os movimentos intestinais. Ora, mal comparado é, mas a verdade é que os sintomas de gravidez fazem lembrar estes. E se esta mesma mulher tem períodos irregulares, ou continua a tê-los, faz contracepção...alguma vez ela vai pensar que está grávida? Eu não pensaria, até que o tamanho da barriga denunciasse que algo não estava, definitivamente, normal...



Eu tive um caso desses na família: uma tia só se apercebeu da gravidez já a mesma ia com um tempo considerável. Imagino o choque, quando se apercebeu! É que, ainda por cima, não era a primeira vez que estava grávida!!!!



Eu não sei se estaria preparada para uma surpresa dessas: estar tranquila, na minha vidinha, a pensar que estaria tudo na maior...quando, num momento, explodo de dores e me dizem que "a dilatação está completa"!

Cof, cof

Quando me soube grávida, deixei de fumar (fumava cerca de um maço diariamente). Erro: dois meses depois, estava a bater com a cabeça nas paredes, ansiosa, quase matava por um cigarro que fosse!

Informei-me junto da médica que me acompanhava a gravidez e ela disse que, a não conseguir mesmo deixar o tabaco, que podia fumar até cinco cigarros por dia (mais do que isso, as substâncias nocivas chegavam à placenta). Mea culpa, eu sei, mas até às 18 semanas fumei cerca de um a três cigarros e nem era todos os dias. Depois, deixei completamente até há coisa de uns sete meses atrás. Um período mais tenso na minha vida serviu de desculpa para voltar ao tabaco. Mas também não mais do que três diários.

Há semanas, tive uma faringite. Deixei novamente. E agora espero não me armar em parva outra vez e voltar àquela merda! É que não percebo este vício: prejudica-nos a saúde, a aparência, a carteira e mesmo assim...continuamos a dar-lhe! Há que contrariar o corpo.

Do sono....ou da falta dele...

Não há tarefa mais árdua que criar um filho. Não há fórmulas exactas, e nem sempre agimos como é suposto.

Ainda assim, acredito que é das coisas mais fascinantes da vida. Assistir e participar do nascimento e crescimento de uma vida - que quisemos gerar - é impar! Mesmo naqueles momentos em que somos vencidos pelo cansaço, que a nossa paciência parece esgotar-se!

Este fim-de-semana, senti-me estupidamente cansada, sem paciência, e a "dormir em pé".

Dois anos sem dormir uma noite completa (as únicas noites que ELE dormiu de seguida, eu, feita parva e em vez de aproveitar, ia ver como ele estava) dá nisto.

A culpa não é dele. É minha, por o habituar mal. E agora estou de tal forma cansada, que vai custar ainda mais reverter o processo. Isto só prova que o caminho mais fácil acaba por dar em becos de onde é difícil sair!

Mas tenho de o fazer. Para o nosso bem.

Mais um desafio. Mas é disso que é feita a vida.

E, volto a dizer: criar um filho é das coisas mais fascinantes que há. Mesmo com noites mal dormidas.

Daqui a alguns anos, os desafios serão outros - e bem maiores que educar o nosso filho a dormir uma noite inteira.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Não acredito em signos

Nem do Zodíaco ocidental, nem do oriental. Existem as constelações relativas a esses signos, eu sei, mas daí a que o nosso modo de ser esteja ligado a isso, não acredito.
Da mesma forma que não acredito em coisas predestinadas. E se é aleatório, ou não, é coisa em que nem penso.
Se tudo já estivesse escrito no céu, a vida não tinha piada, e nós não seríamos mais que seres condicionados pelo destino. Não conheceríamos o sabor do desafio.
Não. Eu acredito que as coisas acontecem, simplesmente porque acontecem. E se é a mim e não a outro, é porque ou tenho responsabilidades nisso ou, não tendo, é porque tenho dentro de mim a resposta necessária a essa situação.
E é com isso que nos vamos conhecendo como pessoas.
Há uma frase, de Júlio César, que resume muito bem isto: “Os homens, em certos momentos, são senhores dos seus destinos. O erro, caro Brutus, não está nas estrelas, mas em nós”.

We've got the Power!

Jingle Bells

Pegando um pouco neste assunto, lá por casa também costumamos apenas dar presentes aos miúdos. O Natal é deles, há aquela magia do bater a meia-noite e ver a árvore com as prendas, enfim...

Este ano vamos incutir-lhes o espírito solidário e convidá-los a doarem aqueles brinquedos com que brincam menos (e que estejam em bom estado), explicando-lhes que há meninos que, embora gostassem, não têm quem lhes possa dar prendas no Natal.

É uma boa forma de passarmos a ideia de que, mais do que brinquedos novos no sapatinho, o Natal é partilha com aqueles que têm menos que nós.

O meu pai

Não é tanto pelas palavras, mas mais pelo seu exemplo de vida, que ele me tem ensinado a ser positiva e a ter sempre esperança.

A vida dele é, antes de mais nada, um apelo vivo de que tudo é possível.

Cegou com 24 anos, depois de ter combatido no Ultramar. Casou teve os seus filhos já cego. Ensinou-nos a conduzi-lo e, com quatro anos, já nós (eu e o meu irmão) iamos a Lisboa sózinhos com ele, onde quer que fosse.

Perdeu o meu irmão mais velho, "viu" o meu irmão mais novo ser destruído por uma doença incurável, e manteve-se ao lado da minha mãe durante a sua agonia com o cancro. Meses depois de ter enviuvado, descobre-se também com um cancro, mas "apanha-o" a tempo e trata-se.

Vive sozinho, visita todos os dias o meu irmão no lar (ou, quando calha, no Hospital - para onde tem de ir ocasionalmente para ser reavaliado).

Mantém uma energia invejável, todos os dias faz exercício físico e, no que lhe é possível, cuida da casa e da roupa - ele passa a ferro como ninguém, acreditem!

Se ele está deprimido? Nunca o vi baixar os braços para nada!

Ajudo-o no que posso, mas reconheço que deveria fazer muito, mas muito mais por ele. Porque aquilo que ele me dá nunca poderei compensar.

Mas os pais são assim mesmo: o amor deles é incondicional. E eu sinto-me uma sortuda pelo excelente pai que Deus me deu.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

She's Always a Woman to Me - Billy Joel

She can kill with a smile, she can wound with her eyes

She can ruin your faith with her casual lies

And she only reveals what she wants you to see

She hides like a child, but she's always a woman to me



She can lead you to love, she can take you or leave you

She can ask for the truth, but she'll never believe

And she'll take what you give her as long it's free

Yeah, She steals like a thief, but she's always a woman to me


CHORUS

Ohhh... she takes care of herself

She can wait if she wants, she's ahead of her time

Ohhh... and she never gives out

And she never gives in, she just changes her mind





And she'll promise you more than the garden of Eden

Then she'll carelessly cut you and laugh while you're bleeding

But she'll bring out the best and the worst you can be

Blame it all on yourself 'cause she's always a woman to me


CHORUS



She's frequently kind and she's suddenly cruel

She can do as she pleases, she's nobody's fool

And she can't be convicted, she's earned her degree

And the most she will do is throw shadows at you,

But she's always a woman to me



Alguém chega lá pela letra? É muito conhecida. E tem-se ouvido muito, ultimamente...

É oficial:

Começou a fase do "É MEU!" lá em casa.
Começa a revelar o seu génio, o tranquilo David...

:)

Acabo de receber um telefonema. Do lado de lá do telefone, a voz alegre da minha filhota:
- Mãe! Mãe! Já não tenho o gesso!!!!
- Que bom, filhota!
- Mas tenho o braço muit'a fininho...
- Isso melhora com o tempo. Estiveste quase um mês com o braço engessado, é normal...


Feliz com as melhoras da minha nina!
Afinal, o dia começou com neura...mas com notícias destas, só pode melhorar!

Neura

Os homens queixam-se que não nos percebem. Ok, admito: todos os seres humanos são complexos, mas as mulheres levam isto da complexidade emocional a níveis inimagináveis.

Mas os homens também não são aquela simplicidade que apregoam. Lidar com eles pode revelar-se bastante difícil: se uma mulher se arranja, é porque quer atrair atenções alheias; se não se arranja, é porque não tem brio. Se uma mulher é recatada, é porque é uma púdica e complexada demais; se dá conversa, ou telefona a um homem, é porque está "a pedi-las". Se lhes fazemos perguntas, perseguimo-los; se não, somos desligadas. Se gostamos de lhes fazer carinhos, somos umas melgas; se não, somos frias e pouco carinhosas. Se ficamos de pé atrás em alguma situação, somos umas ciumentas, inseguras e egoístas; se confiamos, ou somos convencidas ou aproveitam-se para nos magoarem. Se não nos apetece sexo, somos umas "freiras"; se queremos sexo (leia-se "com um apetite acima da média"), somos ninfomaníacas ou umas grandes meretrizes. Se estamos caladas, somos pouco comunicativas; se conversamos com eles, nem nos ouvem 90% das vezes...

E depois, só nós as mulheres é que somos complicadas...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Parabéns, Pedro!









Sei que é só amanhã que vai sair o livro, mas as minhas felicitações ao Pedro estendem-se a tudo o que ele tem feito em prol da cultura no nosso país.


Além disso, é um dos meus melhores amigos.

O dinheiro



é de quem o poupa, não de quem o ganha. O mês passado deixou uns trocos...que eu aproveitei num par de sapatos parecido com este, a 17.95€ - quer dizer...parecido com este...não propriamente, porque é da mesma cor (se bem que já saí de casa, uma vez -juro!- com um sapato de cada cor...)






Afinal...

...a viagem de volta a casa, na passada 2ª feira, ficou-me bem mais barata do que estava à espera. Precisamente, a 0€. O autocarro vinha de tal forma cheio que o motorista nem se chateou em cobrar-me o bilhete.

Como se poupa lá por casa

. Fazemos um orçamento mensal: apontamos receitas, despesas e estabelecemos plafonds para gastos

. Assim que recebemos, reservamos logo dinheiro para despesas (água, luz, gás, comunicações, créditos, etc)

. Com o dinheiro que sobra fazemos a gestão para o resto do mês em plafonds.

. Compramos mercearias, congelados e outros bens que aguentam algum tempo para o mês inteiro. Vamos a um local só e optamos pelas marcas brancas.

. Bens que sejam para consumo mais rápido, vamos comprando no nosso bairro - poupa-se muito em combustível.

. Evitamos fazer refeições fora de casa. Se queremos ler um livro, ou relemos o que lá temos em casa ou pedimos emprestado ou vamos a uma biblioteca. Se queremos ver um filme, vemos o que temos em casa ou alugamos. Se queremos fazer uma saída, optamos por eventos gratuitos. E depois, sempre há Sintra, a praia (nos dias mais ensolarados), parques para ir com os miúdos...

. Andamos sempre com dinheiro na carteira. Comprar com dinheiro vivo traz outra percepção dos gastos para além de inibir na compra de coisas desnecessárias.

. Roupa e calçado, usamos o que temos, mesmo que seja de anos anteriores. Está em boas condições, usa-se. Roupa usada que nos ofereçam, também é bem vinda. Calçado, não. Mas roupa, sim. Quem tem filhos pequenos saberá o quão isto é importante para controlar o orçamento!!! Se queremos comprar roupa e calçado, aproveitamos as lojas mais baratas ou compramos mesmo em segunda-mão.